A discussão em torno da conquista da Copa Rio de 1951 pelo Palmeiras, considerada por seus torcedores como o primeiro Mundial de Clubes, ganhou novo destaque neste sábado. A tradução recente de um documento da FIFA de 2014 reacendeu o debate, mas sem apresentar novas evidências que comprovem definitivamente o título como um Mundial.

O episódio começou na sexta-feira, em um evento realizado nas proximidades do Allianz Parque, onde torcedores do Palmeiras exibiram uma tradução juramentada de um documento da FIFA. Essa ata do Comitê Executivo, datada de 2014, foi traduzida por um tradutor juramentado, o que confere validade legal ao documento em território brasileiro. A tradução, realizada por Kléber Machado Gonçalves, foi uma tentativa de trazer legitimidade ao reconhecimento da Copa Rio como Mundial.

Contudo, é importante frisar que o documento traduzido não é novo, mas apenas uma versão em português de uma ata de 2014. A tradução legaliza o conteúdo para o contexto brasileiro, porém, não adiciona novas provas ou confirmações sobre a legitimidade do título de 1951 como um Mundial. As duas páginas da ata traduzida incluem a lista de participantes da reunião e um resumo das decisões tomadas pela FIFA naquele dia.

No trecho mais relevante do documento, há uma menção ao pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para reconhecer o torneio de 1951, disputado entre clubes europeus e sul-americanos, e vencido pelo Palmeiras, como a primeira competição mundial de clubes. Este detalhe, embora seja uma referência ao pedido, não apresenta novas comprovações sobre o título.

A torcida palmeirense segue firme em sua luta para considerar a Copa Rio de 1951 como o primeiro Mundial de Clubes. O clube vê nessa conquista um marco histórico e busca consolidar seu reconhecimento. No entanto, o debate permanece vivo, e a controvérsia sobre o título deve persistir ainda por algum tempo, enquanto a comunidade esportiva e a FIFA não chegam a um consenso definitivo