Emma Raducanu retorna ao Aberto da Itália após três anos de ausência, com uma nova mentalidade e sob nova orientação técnica. A britânica de 22 anos encara a participação no torneio como um “recomeço”, demonstrando otimismo em relação ao que está por vir.
A estreia de Raducanu acontece nesta quarta-feira, contra a australiana Maya Joint, de 19 anos, em partida programada para as 16h (horário de Brasília). Caso avance, a ex-campeã do US Open enfrentará a número 20 do mundo, Ekaterina Alexandrova, na segunda rodada.
Essa será apenas a segunda participação da tenista no torneio em Roma. A primeira foi em 2022, quando precisou abandonar o jogo na estreia contra a canadense Bianca Andreescu devido a uma lesão. Desde então, muita coisa mudou – inclusive sua perspectiva.
“Parece tudo novo aqui, nem lembrava onde ficavam metade das coisas. Acho que muita coisa foi renovada desde a última vez que vim”, afirmou Raducanu em entrevista à Sky Sports.
“É empolgante, parece realmente um recomeço – pela forma como estou encarando tudo, pelas pessoas ao meu redor, pela minha mentalidade. Estou mais otimista, mais positiva em relação ao futuro. Estou levando um dia de cada vez e tentando manter a consistência.”
Treinos com foco diferente sob comando de Mark Petchey
Raducanu segue trabalhando com o técnico Mark Petchey, que tem contribuído para uma mudança no seu estilo de preparação, menos voltada para detalhes técnicos e mais centrada em padrões de jogo e repetição de movimentos.
“Ele não é um treinador extremamente técnico. Claro que há ajustes aqui e ali, como sempre, mas estou me afastando desse foco técnico exagerado”, explicou a britânica.
“No passado, fui muito técnica porque havia a necessidade de corrigir aspectos do meu jogo. Agora, o mais importante é fazer as coisas certas, atacar mais a bola, repetir certos exercícios e padrões de jogo – algo em que ele é muito bom.”
A tenista destaca que está em uma fase de adaptação e evolução, buscando reduzir a distância entre o nível atual e o desempenho que deseja alcançar.
“É um desafio positivo para mim. Quero trabalhar em novas abordagens para encurtar o caminho até onde quero chegar. Esta temporada será uma oportunidade para jogar com menos pressão, sendo mais agressiva e atuando do jeito que realmente gosto, o que pode me beneficiar também nas outras superfícies.”
Raducanu, que viveu altos e baixos desde sua conquista histórica no US Open em 2021, vê no saibro italiano a chance de virar a página e construir uma trajetória mais sólida e confiante para o restante do ano. A expectativa é grande não só por seu retorno ao torneio, mas também pela nova fase em sua carreira.